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Seis policiais militares são condenados por sequestro, tortura e roubo em Salvador

Polícia Militar da Bahia Crédito: Rafael Martins/GOVBA

Seis policiais militares foram condenados pela Justiça Militar pelos crimes de sequestro, tortura e roubo cometidos durante uma abordagem realizada em maio de 2019, no bairro de Fazenda Coutos, no Subúrbio de Salvador. As ações criminosas foram realizadas enquanto os policiais estavam em serviço. Eles abordaram a vítima em um estabelecimento comercial, a retiraram à força do local e a conduziram para uma área isolada, onde ela foi submetida a tortura física e psicológica.

De acordo com o Ministério Público da Bahia (MPBA), as penas variam conforme o grau de participação de cada um nos crimes. O policial apontado como principal responsável recebeu a pena mais severa: 26 anos, 11 meses e 3 dias de reclusão. Outros três réus foram sentenciados a 24 anos, 2 meses e 2 dias. Os dois últimos condenados, com menor envolvimento nos crimes, receberam penas de 17 anos, 2 meses e 6 dias de reclusão cada.

Além das penas de prisão, todos os policiais foram destituídos de seus cargos públicos e estão interditados do exercício de funções públicas por um período equivalente ao dobro das penas impostas. Eles não poderão recorrer em liberdade.

A denúncia do MPBA, baseada em um Inquérito Policial Militar (IPM), revelou que os policiais sequestraram a vítima e a submeteram a tortura para que ela realizasse saques e transferências bancárias que totalizaram R$ 12,4 mil. Além disso, pertences pessoais da vítima, como relógio, perfume e celular, foram roubados. As investigações incluíram a análise de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas, que foram fundamentais para a identificação e condenação dos envolvidos.

Detalhes do crime

O crime teve início quando os policiais abordaram a vítima em um estabelecimento comercial no bairro de Fazenda Coutos. Sob ameaça, ela foi forçada a entrar na viatura e levada a um local isolado, onde sofreu agressões físicas e tortura psicológica, incluindo choques elétricos. Após a sessão de tortura, os policiais obrigaram a vítima a fornecer seu cartão bancário, com o qual realizaram saques e transferências. Os pertences roubados foram retirados da residência da vítima.

As investigações conduzidas pelo MPBA reuniram provas contundentes, como imagens das câmeras de segurança do local da abordagem e das agências bancárias onde os saques foram efetuados. A vítima também identificou os policiais envolvidos e forneceu depoimentos que corroboraram as provas materiais.

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