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Mulheres percussionistas abrem os 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres na Bahia

Foto: Divulgação

A segunda edição do evento “No Batuque do Tambor” marca a abertura oficial dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres na Bahia, na terça-feira (22), às 16 horas, no Terreiro de Jesus. No Batuque do Tambor é um brado contra a violência às mulheres a partir do protagonismo de mulheres instrumentistas que integram diversos grupos e bandas, entre elas Yaya Muxima, Didá, Filhas de Gandhy, A Mulherada, Maracatu Ventos de Ouro, Meninos da Rocinha e Mulheres Percussivas de Santo Amaro.

Os 21 dias de ativismo são um período de mobilização educativa mundial para erradicação da violência de gênero e pela garantia dos direitos das mulheres. Nos demais países são apenas 16 dias de ativismo, mas no Brasil o período é antecipado em cinco dias começando em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, como forma de ressaltar a maior vulnerabilidade das mulheres negras. Segundo o Atlas da Violência 2021, 68,1% das vítimas de feminicídio no Brasil, ano passado, eram mulheres negras.

Quem ama, abraça – A mobilização dos 21 dias ocorre até 10 de dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos. De acordo com a ONU, a violência contra a mulher é a violação aos direitos humanos mais tolerada em todo o mundo. Como parte da programação, a SPM realiza uma edição especial da campanha Quem ama, abraça – Fazendo Escola, também nesta terça-feira (22), no Colégio Estadual Vila Canária, às 10 horas, com a participação de estudantes do 2º e 3º ano do Ensino Médio.

A campanha tem o objetivo de promover o diálogo no ambiente escolar, buscando conscientizar os (as) estudantes para a importância do enfrentamento à violência contra as mulheres e da desconstrução da cultura machista. Realizado em parceria com a Secretaria da Educação (SEC), a campanha abraça ocorre desde 2015, mobilizando estudantes e professores em rodas de conversa periódicas, quando são discutidas as várias formas de violência previstas na Lei Maria da Penha.

Outro tema debatido é a masculinidade tóxica, um padrão de masculinidade construído socialmente que considera a força e a agressividade como virtudes masculinas e as emoções e sentimentos como fraquezas típicas das mulheres, naturalizando ações e comportamentos agressivos por parte dos homens.

Sobre os 21 dias de ativismo – A iniciativa foi criada em 1991 por 23 feministas de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), localizado nos EUA. Atualmente, a mobilização mundial ocorre em 159 países. Nesse período são celebradas datas como 25 de novembro, Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres; 06 de dezembro, Dia de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres e 10 de dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos.

Serviço:

O que: No Batuque do Tambor

Quando: 22 de novembro (terça-feira), às 16h

Onde: Terreiro de Jesus (Centro Histórico)

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