O Juiz Carlos Eduardo Camillo, atendendo ao pedido da Promotora de Justiça Susila Machado, determinou a prorrogação do afastamento da Presidente da Câmara Municipal, Marlene de Jalmir (PSD), por mais 90 dias. A decisão aumenta a tensão no cenário político local, que já enfrenta uma série de turbulências.
Segundo fontes políticas locais, Marlene de Jalmir, que foi eleita e reeleita ao cargo de Presidente da Câmara com o apoio do Prefeito Junílson de Boró (PSD), tem acumulado derrotas judiciais no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). Em sua solicitação de prorrogação, a Promotora Susila Machado argumentou que a continuidade de Marlene no cargo poderia agravar a situação de ilicitude e lesão ao patrimônio público.
“A continuidade da acionada no cargo de gestão da Casa Legislativa Municipal certamente agravaria o estado de ilicitude e de lesão ao patrimônio público. As diversas ilegalidades apontadas em linhas anteriores, somadas aos demais procedimentos investigatórios em curso, revelam o risco concreto e iminente de reiteração das condutas ilícitas, com a real possibilidade de dano irreparável ao erário”, declarou a Promotora.
As investigações em andamento apontam a possível prática dos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude em procedimentos de dispensa de licitação por parte de Marlene de Jalmir. Essas acusações se somam a outras denúncias anteriores, como fragmentação indevida de contratos, superfaturamento, enriquecimento ilícito e lesão ao erário.
A decisão judicial intensifica ainda mais a crise política no grupo do Prefeito Junílson de Boró, que já enfrenta dificuldades por não possuir maioria na Câmara Municipal. Com o afastamento de Marlene de Jalmir, o vereador de oposição, Everaldo Santana (Avante), permanece na presidência da Casa Legislativa, representando um momento crítico para o Executivo municipa.
