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Festival do Queijo Artesanal da Bahia reúne produtores em Salvador e oferece novas experiências gastronômicas

Foto: Thuane Maria/GOVBA

Os amantes de queijo e gastronomia têm até o próximo sábado (21) para visitar a primeira edição do Festival do Queijo Artesanal da Bahia, que acontece no Mercado do Rio Vermelho, em Salvador, com entrada gratuita. O evento, iniciado nesta quinta-feira (19), reúne 60 produtores de diversas regiões do estado, oferecendo uma variedade de queijos, doces, geleias e iogurtes.

Um dos destaques do festival é o mestre queijeiro André Moraes de Oliveira, 38 anos, natural de Planalto, no sudoeste baiano. Com apenas dois anos na produção de queijos, Oliveira já conquistou quatro medalhas no Mundial do Queijo, realizado em abril deste ano em São Paulo. “Nossa região é conhecida como a suíça baiana, por isso começamos produzindo queijo tipo emmental. Atualmente, trabalhamos com queijos curados e frescos, além de iogurtes com e sem lactose”, explicou. Ele destaca o queijo Gabiru, premiado no mundial, com preços que variam entre R$15 e R$40.

Rilza Ribeiro, 71 anos, produtora de Palmeiras, na Chapada Diamantina, participa pela primeira vez de um evento do tipo. Ela traz ao público o queijo Coalho Frescal, vendido a R$30 por embalagem de 500g. Para Rilza, o festival é uma oportunidade de apresentar sua produção familiar, que começou após a morte de seus pais, quando decidiu transformar o gado em leiteiro para iniciar a produção de queijos. “Esse evento nos permite mostrar o que produzimos na Chapada e fortalecer o relacionamento com outros produtores”, disse.

O queijo de Rilza despertou emoções no público, especialmente no técnico de informática Josinaldo Andrade, 56 anos, que reviveu memórias da infância na fazenda de seu avô, também produtor de queijos. “Provar esse queijo me trouxe de volta à fazenda do meu avô, onde eu o acompanhava na produção”, relembrou emocionado.

Outro nome presente no festival é Adriana Silva Farias, 36 anos, produtora de Prado, no extremo-sul baiano. Ela, que entrou no ramo há quatro anos, vende queijos com preços entre R$35 e R$40. Desempregada na época, Adriana começou a fazer queijo por não encontrar o produto em sua região. Hoje, utiliza até 150 litros de leite por dia e pretende expandir sua produção. “O festival é uma excelente oportunidade de mostrar nosso trabalho ao mercado e para o público conhecer nossos produtos”, comentou.

O Festival do Queijo Artesanal da Bahia segue até sábado e oferece uma oportunidade única para os visitantes degustarem e adquirirem produtos diretamente de seus produtores, além de conhecerem mais sobre o processo de fabricação e a cultura queijeira no estado.

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