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Corpo esquartejado encontrado é de professora desaparecida na Bahia

Foto: Reprodução/Redes sociais

A Polícia Civil da Bahia confirmou, nesta terça-feira (30), que o corpo encontrado esquartejado e em avançado estado de decomposição, no sábado (27), é da professora da rede municipal de Camamu, Ariane Roma dos Santos, de 36 anos. A identificação foi realizada após exames periciais detalhados.

Descoberta do Corpo

Parte do corpo desmembrado de Ariane, incluindo tronco, cabeça e membros superiores, foi localizado por um caçador em uma cova rasa nas imediações do quilômetro 23 da BA-001, na localidade conhecida como Jiribatuba, município de Vera Cruz. A descoberta ocorreu a cerca de 176 km do local onde Ariane foi vista pela última vez.

Desaparecimento

De acordo com a família, Ariane saiu de casa na tarde do dia 25 de junho para visitar uma costureira e não foi mais localizada. O principal suspeito do desaparecimento é o ex-companheiro da professora, com quem ela tem uma filha de cinco anos. Ele será acusado de feminicídio, ocultação de cadáver e cárcere privado.

Investigações e Prisão

Câmeras de segurança instaladas nas ruas de Camamu registraram imagens da professora caminhando na região da Cidade Baixa. Após o desaparecimento, familiares registraram uma queixa na delegacia local. Um dia após o desaparecimento, Ariane ligou para um familiar relatando que estava sendo mantida em cárcere privado pelo suspeito em um sítio na região.

No dia 4 de julho, a polícia solicitou a prisão temporária do ex-companheiro, que foi concedida pela Justiça. No dia seguinte, a prisão foi convertida em preventiva. Durante as investigações, o suspeito entrou em contradições e levou a polícia aos objetos que podem ter sido utilizados no crime, como um revólver municiado e uma motosserra, que estão sendo submetidos à perícia.

Localização e Provas

Além disso, cães farejadores do 23º Batalhão de Polícia Militar encontraram indícios de que o suspeito esteve no local onde o corpo de Ariane foi encontrado. A linha de investigação sugere que o suspeito teria matado a professora e escondido o corpo. O homem nega essa versão.

Versão do Suspeito

Em depoimento à polícia, o suspeito contou que mantinha um relacionamento com a professora em paralelo com sua atual companheira. No dia do desaparecimento, ele a levou para um sítio, onde tiveram uma briga, e depois a deixou nas margens da BA-001, em Camamu. A versão do suspeito não coincide com a versão do primo de Ariane, que diz ter recebido uma ligação da vítima um dia depois, em 26 de junho. Testemunhas também relataram ter ouvido tiros na região do sítio no dia 26.

Protesto e Clamor por Justiça

Para cobrar celeridade nas investigações, amigos e familiares da professora realizaram um protesto em Camamu no dia 4 de julho. Eles exigem justiça e que o caso seja solucionado rapidamente.

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