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“Três caixões pelo preço de um”: Carro de som faz propaganda funerária para conscientizar população

Moradores da cidade paulista de Assis, a 430 km de São Paulo, se depararam com uma propaganda inusitada anteontem. Um carro de som anunciava uma “superpromoção da Funerária Vá Com Deus”, dedicada a quem não respeita o isolamento social em tempos do novo coronavírus — com direito a três caixões pelo preço de um, com um quarto no pagamento à vista.

O estabelecimento não existe. Na verdade, a propaganda era uma brincadeira de Antonio Alves de Moura, proprietário de uma empresa de propaganda sonora, que resolveu dar um susto em amigos e conhecidos.

“Eu tenho um grupo de WhatsApp com gente do Brasil inteiro. O pessoal postou esse áudio lá. Eu pedi, eles mandaram o áudio em MP3”, explicou o comerciante. Segundo ele, a mensagem foi enviada na noite de quinta-feira (21). Antonio, porém, garante que a mensagem foi veiculada em poucos endereços, e somente em horários nos quais não tinha propagandas previstas. “A intenção era alertar os colegas e colocar um pouco de humor, conscientizar”, diz.

Na cidade, o isolamento social tem sido um desafio no combate à covid-19. Na sexta-feira (22), dia em que o carro de som divulgou a gravação, a Prefeitura local informou que o índice de isolamento desde quarta-feira era de 43%, contra os 70% buscados pelo governo de São Paulo e recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Até então, Assis tinha 43 casos confirmados da covid-19, com cinco óbitos.

Para Antonio, é preciso conscientizar a população da importância com os cuidados a respeito do vírus. “Às vezes, a pessoa precisa sair. O que mais conscientiza é, se a pessoa precisa sair, é que use máscara. A nossa cidade estava com índice muito baixo de isolamento. O pessoal não estava respeitando. Então, o pessoal continua saindo, mas com uma maneira mais consciente”, acredita.

Ao mesmo tempo, ele diz que sua empresa sentiu o impacto econômico da pandemia. “Eu faço propaganda para supermercado, então isso continuou. Mas eu perdi 40% dos meus clientes. Tenho contrato com empresa de internet, com a Crefisa aqui. Deu uma pausa, de uma certa forma”, diz. “Por outro lado, com o coron.

Fontel: Uol

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