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Brasil se torna maior exportador de algodão do mundo, Bahia ocupa 2ª posição nacional

Foto: Ascom/Seagri

Em uma reviravolta histórica no comércio global, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou, pela primeira vez, o maior exportador de algodão do mundo. A confirmação veio durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizada no 21° Anea Cotton Dinner, em Comandatuba, Bahia. O evento foi promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).

Miguel Faus, presidente da Anea, destacou que essa conquista depende da safra americana, que é esperada para ser maior que a do ano passado. Inicialmente, o setor previa atingir essa meta em 2030, mas a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) informou que o feito foi alcançado antes do final do ano comercial 2023/2024.

Gustavo Prado, Diretor Executivo da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), sublinhou a importância da Bahia na liderança global do Brasil na exportação de algodão. Ele destacou a qualidade do produto brasileiro e mencionou negociações com atores da cadeia de suprimentos para estabelecer uma rota de exportação direta de Salvador para a Ásia, graças ao apoio do Governo da Bahia.

A Bahia é o segundo maior produtor de algodão do Brasil, com uma projeção de colheita de 345,4 mil hectares, resultando em 663 mil toneladas de algodão em pluma, das quais aproximadamente 300 mil toneladas devem ser exportadas.

Em termos nacionais, a Abrapa prevê uma colheita de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado nesta safra, com exportações atingindo 2,6 milhões de toneladas, e 60% da produção já comercializada. No ranking mundial de produção, o Brasil é precedido por China e Índia, com os Estados Unidos na terceira posição, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

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