O ex-presidente da República Fernando Collor, deixou na noite desta quinta-feira (1º) o presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL), por volta das 19h, para cumprir prisão domiciliar. A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na idade do ex-mandatário, de 75 anos, e em seu estado de saúde — ele é portador de doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.
Apesar de ter sido condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, Collor cumprirá a pena em um imóvel de luxo localizado à beira-mar, na praia de Ponta Verde, em Maceió. Trata-se de um apartamento de cobertura com 600 metros quadrados, avaliado em R$ 9 milhões em documentos da Justiça do Trabalho. O imóvel foi alvo de penhora judicial em 2023, devido a uma dívida trabalhista de R$ 264 mil.
Collor foi preso no dia 24 de abril por determinação de Moraes, decisão posteriormente confirmada pelo plenário do STF. A autorização para a prisão domiciliar veio após a rejeição de recursos classificados como protelatórios. Entre as condições impostas pela Justiça estão o uso de tornozeleira eletrônica, a suspensão do passaporte e a proibição de receber visitas não autorizadas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu parecer favorável ao pedido de prisão domiciliar.