Disputar os Jogos Olímpicos é o grande sonho de qualquer atleta de alto nível. Afinal, não há palco maior para brilhar do que a principal competição esportiva do planeta. Realizado em sua versão moderna desde Atenas-1896, o evento chega à sua 33ª edição, em Paris-2024, com 48 modalidades. Duas delas são inéditas: o break dance e a canoagem slalom.
Participar de uma Olimpíada, no entanto, é um privilégio que não se estende a todos. Isso porque a lista de esportes elegíveis pelo Comitê Olímpico Internacional é limitada às atividades que fazem parte Agência Mundial Antidoping (Wada), da Associação Global de Federações Esportivas Internacionais (GAISF, na sigla em inglês) e possuem pelo menos 50 federações nacionais.
Já de olho nos Jogos de Los Angeles-2028, sete modalidades foram recentemente contempladas pela GAISF e se tornaram aptas a uma candidatura oficial para a Olimpíada nos Estados Unidos, mas terão de passar por uma extensa avaliação do COI.
Poker
Reconhecido desde 2010 pela Associação Internacional dos Esportes da Mente como uma modalidade intelectual, o poker vem há alguns anos em busca de uma vaga para compor o programa olímpico. Desta vez, com a inclusão na lista da GAISF, o jogo de cartas se tornou elegível para revisão e, quem sabe, enfim figurar na lista oficial da edição de 2028.
Caso seja aceita, será disputada uma variante específica da modalidade, o match poker, praticado estritamente por equipes mediante as regras da categoria Texas Hold’em, a mais popular nas principais plataformas de jogos online e também em competições oficiais. Ao todo, cada time terá quatro jogadores, distribuídos em posições diferentes na mesa.
Pole-dancing
Assim como breaking estreará já em Paris, o pole-dancing é outra modalidade artística que busca seu espaço nos Jogos Olímpicos. Depois de mudar o status de “observador” e finalmente ser reconhecida como um pole esporte, a atividade agora vive a expectativa de fazer parte do evento, nem que seja como uma prova de demonstração, inicialmente.
Queimada
Chamado de dodgeball nos Estados Unidos, o jogo que era tratado como uma simples brincadeira de criança vem ganhando notoriedade no mundo inteiro e já possui sua própria federação internacional. No Brasil, vários estados também reconhecem a queimada como um esporte. Agora, a atividade faz parte da GAISF e vem tentando pleitear sua vaga nos Jogos Olímpicos.
Levantamento de kettlebell
Mais do que apenas um equipamento fitness, bastante utilizado no Cross Fit, o kettlebell ganhou sua própria modalidade e hoje é disputado em provas de levantamento. Uma alternativa interessante seria a inclusão da atividade como uma variante do levantamento de peso olímpico, hoje já inserido no programa do COI.
Pebolim
Pebolim, totó, Fla-Flu, pacau. São vários os nomes que definem o jogo de futebol de mesa em diferentes regiões do Brasil, mas o grande sonho dos organizadores da modalidade é um só: torná-la um esporte olímpico. Para isso, o primeiro passo foi dado com o reconhecimento da GAISF, mas ainda assim será preciso muito empenho para vislumbrar uma vaga nos Jogos de 2028. Na Argentina, uma mesa inspirada na final da Copa do Mundo de 2022 viralizou nas redes sociais.
Queda de braço
Com uma associação mundial que contempla federações nacionais de seis continentes, incluindo a do Brasil, a luta de braço (também conhecida como queda de braço) é um verdadeiro sucesso global. Não à toa, promove torneios como os Campeonatos Mundial e Europeu, com chancela do próprio COI. No quadro da diretoria, a World Armwrestling Federation tem um brasileiro como vice-presidente da América do Sul.
Golfe com os pés
Integrante do Programa Olímpico nos jogos de Paris-1900 e Saint Louis-1904, o golfe ficou mais de um século fora do evento até retornar no Rio-2016 e continuar para Tóquio-2020 e Paris-2024. Só que, um pouco diferente da modalidade tradicional, agora é a vez do golfe jogado com os pés buscar o seu lugar junto ao COI. Com menos de 20 anos de existência, o footgolf é disputado com uma bola de futebol e buracos bem maiores do que os convencionais.
