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Onze presos são transferidos para presídio de segurança máxima após motim em penitenciária de Salvador

Penitenciária Lemos de Brito fica dentro do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador — Foto: SEAP Bahia

A SEAP informou que suspendeu as visitas do Módulo V na terça-feira (20), após o “principio de motim”.

Onze detentos do Módulo V da Penitenciária Lemos Brito, em Salvador, foram transferidos para o Presídio de Segurança Máxima de Serrinha, a 180 km da capital baiana, após participarem de um motim. A informação foi confirmada pela Secretária de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) nesta quarta (21).

Os 11 detentos que foram transferidos lideraram o motim, que não deixou feridos. Eles não tiveram os nomes divulgados.

Na ocasião, os detentos tentaram arrancar grades como resposta a operações policiais que estão sendo feitas semanalmente nas unidades do presídio.

A SEAP informou que essas operações são feitas desde o ano passado e consistem em uma rotina diária de segurança e revista gerais no presídio. As ações são coordenadas pelo Grupamento Especializado em Operações Prisionais (GEOP).

Segundo a SEAP, as visitas seguem suspensas nesta quarta-feira e ainda não há previsão de retorno.

Motim

Segundo uma testemunha, que preferiu não revelar a identidade, no domingo (18), houve uma tentativa de escavação para fuga em uma cela do Módulo 5. Com isso, foi instalado um protocolo de segurança, porque mesmo que a Polícia Penal tenha frustrado a ação, é necessário que um estudo sobre o crime seja feito para saber se foi algo determinado pela liderança dos criminosos ou individual.

Por isso, conforme a testemunha, o Módulo 5 ficou fechado e os detentos não tomaram banho de sol no domingo e na segunda-feira (19). No início da manhã de terça (20), os presos começaram a balançar as portas das celas, que romperam.

Em seguida, os detentos passaram a jogar pedaços de madeira e de concreto na direção dos policiais penais. E aí eles começaram a jogar nos policiais penais, começaram a bater na porta e aí começaram a jogar nos policiais penais pedaços de madeira, de concreto.

Os agentes então, ainda de acordo com a testemunha, fizeram disparos de elastômero e jogaram uma granada de efeito moral, para acabar com o motim, que durou cerca de duas horas. Por fim, equipes do Grupo Especializado em Operações Penitenciárias (GEOP) chegaram no local e ajudaram no controle da situação.

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