O juiz Glauco Dainese de Campos, da 7ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, mandou bloquear R$ 151,5 mil de Jaques Wagner, do PT, em ação de improbidade originada da Lava Jato.
No mesmo processo, o juiz bloqueou R$ 6,8 milhões da Cervejaria Petrópolis, usada pela Odebrecht para pagar propina a políticos.
O ex-governador foi acusado de receber doação de R$ 3,5 milhões da construtora, por intermédio da cervejaria, para sua campanha em 2014.
Em troca, teria acelerado acordo para quitar débito da estatal de saneamento do estado com a Odebrecht e ajustado o contrato dela para a construção do estádio Nova Arena Fonte Nova.
“Os fatos narrados são de grande gravidade, uma vez que denotam terem decisões de governo sido praticadas sob a condição de realização de doação de campanha eleitoral com o objetivo de implementação de projeto eleitoral privado”, afirmou o juiz na decisão.
O objetivo do bloqueio é garantir o ressarcimento dos cofres do estado em caso de condenação.
O Senador da Bahia Jaques Wagner emitiu nota para imprensa e também publicou postagem em sua rede social do twitter.
“O senador considera que vivemos tempos estranhos no Brasil, em que processos são mantidos sob sigilo até das partes, mas divulgados para causar confusão na opinião pública.”, diz Wagner, em trecho da nota.
“De toda forma, a decisão será objeto de recurso e o senador permanecerá, como sempre esteve, à disposição para os esclarecimentos que forem necessários.” afirma em trecho da nota.
NOTA À IMPRENSA
Informamos que o senador Jaques Wagner recebeu com surpresa a decisão de bloqueio parcial de valores. Decisão já revista pelo próprio magistrado que, de ofício, determinou o desbloqueio da quase totalidade da quantia em nome do senador.
Causa estranheza o fato de o processo, que estava mantido sob sigilo, tenha sido divulgado antes de ouvir o maior interessado, que é o senador. Trata-se de matéria requentada, uma vez que processo criminal sobre o tema já foi arquivado e o eleitoral segue em curso. Mesmo assim, determinaram um bloqueio de valores fruto de um processo ajuizado há seis meses sobre supostos fatos de seis anos atrás.
O senador considera que vivemos tempos estranhos no Brasil, em que processos são mantidos sob sigilo até das partes, mas divulgados para causar confusão na opinião pública.
De toda forma, a decisão será objeto de recurso e o senador permanecerá, como sempre esteve, à disposição para os esclarecimentos que forem necessários.
Salvador, 19 de junho de 2020.
Assessoria de Comunicação
Senador Jaques Wagner (PT-BA)
