A mulher detida após chamar um vendedor ambulante de ‘macaco’, na noite de terça-feira (21), no circuito Dodô, passou por uma audiência de custódia na quarta (22) e segue presa nesta quinta-feira (23). A prisão foi feita em flagrante por policiais civis.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a suspeita que reside na cidade de Teresina, estava em um bloco que desfilou naquela terça. Assim que agrediu verbalmente o trabalhador, foi encaminhada por investigadores ao um Posto de Policia Integrado.
Em janeiro deste ano, o crime de injúria racial (ofensa por raça, cor, etnia, religião ou origem) foi equiparado ao racismo. Com ele, o crime se torno inafiançável, sem prescrição, além de ter pena de reclusão e multa.
Nove casos de racismo no Carnaval
O dado foi apresentado pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), que realizou uma campanha educativa durante os seis dias de folia.
“O Governo esteve mobilizado com equipes disponíveis para atender intercorrências e informar que o racismo é crime e precisa ser punido. Realizamos um trabalho produtivo, que teve uma excelente adesão dos foliões nos circuitos”, avalia Ângela Guimarães, titular da Sepromi.
Entre os dias 16 e 11 deste mês, a unidade móvel do Centro de Referência Nelson Mandela funcionou na Av. Milton Santos em Ondina. O serviço contou com uma equipe multidisciplinar, formado por advogados, psicólogos e assistentes sociais para receber as vítimas.