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Religiosos fazem ato contra intolerância religiosa em Salvador, após incêndio em escultura de Mãe Stella de Oxóssi

(Paula Fróes/CORREIO)

Na manhã desta quinta-feira (8), membros do Comitê InterReligioso da Bahia, grupo que reúne pessoas de diversas crenças, fizeram um ato contra a intolerância religiosa. A manifestação foi realizada em frente à escultura de Oxóssi, na Avenida Mãe Stella de Oxóssi.

A cantora Margareth Menezes e o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, participaram da ação. O local foi escolhido por causa do incêndio à escultura da yalorixá, na madrugada do último domingo (4).

A polícia investiga se o fogo foi criminoso, ou causado por um curto circuito nos refletores de luz. A perícia foi feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) e o laudo ainda não ficou pronto. A Polícia Civil informou que o caso foi tipificado como “ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo”.

O caso foi registrado em delegacia pela Prefeitura de Salvador, que é responsável pelo equipamento. A gestão afirma que a imagem foi vandalizada.

A escultura de Mãe Stella tem dois metros e foi removida pela Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), para ser recuperada. A obra foi inaugurada em abril de 2019.

Segundo a FGM, um encontro na terça-feira (6) discutiu a confecção da réplica da estátua, mas não há prazo para que isso aconteça. Uma proposta será apresentada à FGM, ainda neste mês de dezembro, pelos filhos de Tatti Moreno, artista plástico responsável pela obra.

André e Gustavo Moreno são sócios e acompanhavam os trabalhos do pai, que morreu em julho deste ano. Segundo eles, ainda existe o molde da escultura, o que possibilita que ela seja refeita.

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