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PT preocupado com Rui Costa; diz que bandeira Lula Livre é central na luta democrática

Parece que a popularidade do Governador do Estado da Bahia Rui Costa(PT) ,começa a incomodar seus aliados vermelhos, principalmente a cúpula nacional do Partido dos Trabalhadores. O petista atualmente, é o principal nome da sigla para uma futura candidatura ao Planalto em 2022, Costa lidera os Governadores do Nordeste em um consórcio de parceria na região, sendo apontado como líder.

O seu governo investiu R$ 861,29 milhões, número que manteve a Bahia em segundo lugar no país nesse indicador. Estado mais rico do Brasil, São Paulo ficou em primeiro com R$ 1,8 bilhão, mas investiu proporcionalmente menos, já que o orçamento paulista é cinco vezes maior que o baiano. A Bahia continua também bem à frente do Paraná, terceiro colocado com R$ 497,69 milhões. Os dados são referentes ao primeiro semestre de 2019, segundo publicação do jornal Valor Econômico, com base nos relatórios fiscais enviados ao Tesouro Nacional.

A Bahia ainda não é um Estado de maravilhas, precisa melhorar seu desempenho na Educação, segurança e saúde, pilares básicos para melhoramento social.

O PT respondeu à entrevista que o governador da Bahia deu à revista Veja. O partido entende que o debate sobre 2022 é prematuro, que o apoio a Ciro em 2018 não se justificava e que respeita a autodeterminação do povo venezuelano. Leia nota na íntegra:

Do PT.org:

Diante da entrevista concedida à revista Veja pelo governador da Bahia, Rui Costa, também integrante do Partido dos Trabalhadores, temos a declarar:

1- O PT tomou uma decisão absolutamente correta ao lançar candidatura própria nas eleições presidenciais de 2018. O companheiro Lula, nosso primeiro representante, liderava todas as pesquisas de opinião, com forte tendência a vencer no primeiro turno. Com a candidatura de Lula ilegalmente cassada, lançamos o nome de Fernando Haddad que teve grande desempenho político e eleitoral, chegou ao segundo turno e só não venceu a eleição pelo uso criminoso de notícias falsas pela campanha de Bolsonaro, com financiamento ilegal até de fontes estrangeiras, contando com a omissão da mídia e da Justiça Eleitoral;

2- O eventual apoio do PT a Ciro Gomes, se à época já não se justificava porque nunca foi intenção dele constituir uma alternativa no campo da centro-esquerda, hoje menos ainda, dado que ele escancara opiniões grosseiras e desrespeitosas sobre Lula, o PT e nossas lideranças;

3- Dado o caráter autoritário, antinacional e fortemente antipopular do governo Bolsonaro, não cabe outra atitude ao PT que não seja fazer oposição permanente e destemida a seu governo neoliberal de extrema-direita e promover a defesa intransigente das liberdades e da democracia que ele ameaça diuturnamente. Diferentemente do que afirma o companheiro Rui, o PT não tem se restringido a combater o governo. Elaboramos e apresentamos propostas para enfrentar os graves problemas do país e do povo, como o desemprego, o aumento da injustiça social, para o sistema tributário, o pacto federativo, entre outros.

4- O PT não impõe condições para dialogar com todos os setores que se oponham ao governo autoritário, antinacional e antipovo. Ao contrário, temos trabalhado fortemente pela reconstituição da frente de esquerda dentro e fora do parlamento, pela construção da mais ampla frente democrática e participado de todos os fóruns em defesa da liberdade e da democracia. Em todos esses espaços denunciamos o caráter político da prisão de Lula e o que isso representa de afronta ao próprio regime democrático. Temos bem claro que a bandeira “ Lula livre” é central na defesa da democracia, da soberania e dos direitos no Brasil;

5- Nossa visão sobre a Venezuela considera primeiramente que o país vizinho se encontra sob criminoso embargo econômico e tentativa de intervenção militar estadunidense (com apoio do governo Bolsonaro), o que denunciamos em todos os fóruns. O PT repudia as tentativas de golpe, defende a pacificação do país e uma saída negociada democraticamente para a crise da Venezuela, respeitando o direito de autodeterminação do povo venezuelano;

6- Consideramos totalmente extemporâneo o debate sobre candidaturas presidenciais para 2022. No momento, nossa luta é para fortalecer a resistência ao bolsonarismo, defender a soberania nacional e os direitos sociais ameaçados. Esse processo vai produzir as condições políticas e a frente que irá, no campo da centro-esquerda, representar o povo brasileiro nas eleições de 2022. O PT certamente fará parte desse conjunto e, sendo um partido democrático como os demais, poderá sugerir nomes de seus quadros para participarem desse processo. É alentador identificar em nossas fileiras nomes com legitimidade para assumir essa responsabilidade, a começar pelo companheiro Lula, com sua reconhecida capacidade para unificar essas forças e o próprio povo brasileiro. O PT saberá fazer esse debate, democraticamente, no momento adequado.

Comissão Executiva Nacional do PT

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