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Produção de grãos na Bahia atinge 11,4 milhões de toneladas e cresce 8,2% em 2022

Foto: Reprodução

O décimo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para 2022, relativo ao mês de outubro, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estimou a produção estadual de cereais, oleaginosas e leguminosas em 11,4 milhões de toneladas (t), o que representa um crescimento de 8,2% na comparação com a safra de 2021 – que foi o melhor resultado da série histórica do levantamento para o conjunto de produtos pesquisados.  

Em relação ao levantamento do mês anterior, não houve variação do indicador. As áreas plantada e colhida permaneceram ambas estimadas em 3,38 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma expansão de 5,5% na comparação anual. Dessa forma, o rendimento médio esperado (3,36 t/ha) da lavoura de grãos no estado é 2,5% superior, na mesma base de comparação.

Com a colheita concluída, a produção de algodão (caroço e pluma) obtida foi de 1,35 milhão de toneladas, que representa expansão de 6,4% em relação a 2021. A área plantada com a fibra (290 mil hectares) superou em 8,3% a do ano passado, demonstrando, assim, uma maior disposição de investimento dos produtores diante da melhoria nas condições de mercado.   

O volume colhido da soja ficou mantido em 7,2 milhões de toneladas, o que corresponde a 6,0% acima do verificado em 2021. Dessa forma, a safra da oleaginosa atingiu safra recorde pelo terceiro ano consecutivo. A área plantada no estado ficou projetada em 1,8 milhão de hectares (7,2% superior ao observado em 2021).

As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, somam 2,84 milhões de toneladas, que representa uma expansão de 13,6% na comparação anual. Com relação à área plantada (700 mil hectares), o IBGE aponta uma expansão de 4,5% em relação à da safra passada. A estimativa da primeira safra do cereal é de 2,2 milhões de toneladas, sendo 15,3% superior à de 2021. Já o prognóstico para a segunda safra ficou mantido em 650 mil toneladas – crescimento de 8,3% em relação à colheita do ano anterior.

Para a lavoura do feijão, a expectativa é de que esta totalize 244 mil toneladas, representando avanço de 28,9% na comparação com a safra de 2021. O levantamento manteve a estimativa de 417 mil hectares plantados, a mesma observada no ano anterior. Estima-se que a 1ª safra da leguminosa (145,6 mil toneladas) seja 41,3% superior à de 2021, bem como a 2ª safra (98,3 mil toneladas) tenha uma variação positiva de 14,1%, na mesma base de comparação.

Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima produção de 5,6 milhões de toneladas, alta de 1,4% em relação à safra 2021. A estimativa da produção do cacau está projetada em 126,1 mil toneladas, o que representa uma queda de 13,1% na comparação com a do ano anterior.

Em relação ao café, serão colhidas de 234,0 mil toneladas este ano, 12,8% acima da observada no ano passado. A safra do tipo arábica está projetada em 101,0 mil toneladas, com variação anual positiva de 35,8%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora tem previsão de 133 mil toneladas, ficando mesmo patamar do ano anterior.

As estimativas para as lavouras de banana (904,3 mil toneladas), laranja (653,5 mil toneladas) e uva (60,8 mil toneladas), por sua vez, registraram, respectivamente, variações de 2,9%, 3,0% e -0,8%, em relação à safra anterior.  

O levantamento ainda indica uma produção de 856,3 mil toneladas de mandioca, 0,6% inferior à de 2021. A produção de batata-inglesa, estimada em 354 mil toneladas, apresenta recuo de 8,5%; e a do tomate, estimada em 178 mil toneladas, aponta queda de 14,5% na comparação com a do ano anterior. 

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