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Polícia Civil divulga conteúdo de depoimentos de Marcelo Castro e Jamerson Oliveira suspeitos no caso do suposto ‘golpe do pix da Record

Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes (Dreof) — Foto: TV Bahia

Nesta sexta-feira (19), a Polícia Civil divulgou, o conteúdo dos depoimentos dos dois jornalistas suspeitos de envolvimento em um suposto esquema de fraudes através de doações por PIX em uma emissora de televisão de Salvador. Eles foram ouvidos na Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes (Dreof) na quinta (18).

Até o momento, de acordo com a polícia, não há um valor exato da quantia supostamente desviada e o caso é enquadrado como estelionato por meio virtual.

O suposto golpe veio à tona no dia 10 de março, através das redes sociais. Segundo a Polícia Civil, 11 casos de suposta fraude estão sendo investigados. Em todos eles, as vítimas seriam pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Até quinta-feira, 27 pessoas foram ouvidas, entre funcionários da emissora e pessoas que disseram ter sido vítimas das fraudes. A polícia suspeita que rifeiros estariam envolvidos no caso e funcionavam como laranjas, donos das chaves pix usadas no golpe.

Veja abaixo o conteúdo dos depoimentos:
Em seus depoimentos, ambos informam que houve movimentação financeira entre eles, jornalistas. Um dos titulares de chaves Pix usadas na fraude é amigo de infância de um dos dois. No entanto, ambos justificam que tal movimentação foi por causa de um empréstimo em dinheiro vivo de dezenas de milhares a este amigo.

Foi ouvido também o titular da conta bancária ligada à chave PIX que apareceu na tela da TV, no caso que contou com a ajuda de um jogador de futebol.

De acordo com a polícia, este titular afirmou que emprestou a conta dele para o amigo de infância de um dos jornalistas, fornecendo à polícia, inclusive, os extratos bancários.
A Polícia Civil informou que verificou que há uma grande divergência entre o valor total doado e a quantia repassada: houve apropriação de cerca de R$ 70 mil provenientes destas doações, valor do qual a contribuição do jogador não fazia parte.

Os demais titulares das chaves Pix são pessoas ligadas, direta ou indiretamente, a esse amigo de infância de um dos suspeitos.

Um dos jornalistas alegou que a entrada do montante na conta dele tinha origem no fato de que pessoas pagavam para ter seus nomes citados no ar e que mentia ao citar os nomes dessas pessoas como doadoras.
Segundo afirmaram os dois, o valor pago por essas pessoas era dividido entre ambos. Além disso, em relação à entrada de dinheiro nas contas proveniente da conta do amigo de infância de um deles, a dupla justifica que tratava-se do pagamento dos empréstimos feitos em dinheiro vivo.

“Toda verdade foi deixada agora aqui na delegacia, graças a Deus eu tive a oportunidade de conversar, de passar detalhes, de contar tudo”, disse o jornalista Marcelo Castro, um dos suspeitos no suposto caso na saída da delegacia.

Além dele, Jamerson Oliveira, também prestou esclarecimentos na delegacia na quinta. Ele também falou com a TV Bahia e disse que “com fé em Deus tudo será esclarecido”.

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