As quatro policiais civis que denunciaram o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos por assédio sexual e moral estão sendo acompanhadas pelo Departamento Médico da Polícia Civil (Demep). A informação foi confirmada nesta terça-feira (1º) pela Polícia Civil da Bahia, que ressaltou que “todas as medidas para investigar as denúncias estão sendo tomadas pela Corregedoria da Instituição”.
Investigação em andamento e exoneração
As investigadoras, lotadas na 28ª Delegacia de Polícia Territorial (DT) do Nordeste de Amaralina, em Salvador, relataram episódios de assédio por parte do delegado. Entre as acusações, elas mencionaram piadas com conotação sexual e toques indesejados. Após a formalização da denúncia junto ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) em 23 de setembro, o delegado Antônio Carlos foi exonerado de seu cargo, conforme publicado no Diário Oficial no sábado (28).
Acompanhamento psicológico e pedido de remanejamento
O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc) informou que as policiais foram afastadas de suas funções por 10 dias para cuidar da saúde mental e solicitaram transferência para outras unidades. A entidade também frisou a importância do acompanhamento psicológico, dada a gravidade dos fatos.
Defesa do delegado
Em resposta às acusações, o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos negou veementemente os relatos. Ele declarou que irá apresentar sua versão durante a oitiva na Corregedoria e afirmou que o motivo da denúncia seria o descontentamento das policiais por terem sido transferidas para o Serviço de Investigação (SI) de uma área perigosa, o que, segundo ele, gerou insatisfação.