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O Bloco Olodum desfila hoje sem cordas

Apresentação será com a banda do samba reggae no circuito Osmar (Campo Grande) a partir das 13 horas

Salvador Notícia: Foto/Maxuel

O Olodum se apresentará sem cordas hoje, terça-feira, dia 21, no circuito Osmar (Campo Grande) a partir das 13 horas. A banda terá duas participações especiais. Mateus Vidal e Narcizinho foram convidados para compor a ala de canto do bloco e da pipoca do Olodum.

Em 2023, o Olodum apresentará no Carnaval um tema que irá resgatar a história do instrumento que eternizou a banda para o mundo. “Tambores: A Batida do Coração – Caminhos da Eternidade” é o tema que vem com um resgate da história da utilização dos instrumentos percussivos, mais especificamente os tambores, com foco nos tambores de Ghana e cultura dos povos Ashanti.

Ao longo dos anos, sobretudo, nas comunidades tradicionais africanas, os tambores têm sido utilizados para eventos festivos, além de comumente utilizados como artefato de comunicação entre comunidades distantes, devido a sua forte potência sonora.

Os tambores do Olodum também se tornaram um referencial para Salvador e para o mundo. Por meio das suas cores que remetem ao pan-africanismo, o grupo tem sonoridade inconfundível. Depois de dois anos sem desfilar, o grupo lança um olhar para sua sonoridade.

Serão homenageados mulheres e homens percussionistas, evidenciando a importância dos tambores e da conexão entre ancestralidade e expressão da subjetividade, e do Pelourinho como espaço sagrado do coração do Olodum.

A história do Bloco Afro Olodum:

O bloco mais lindo de se ver no carnaval baiano, o Olodum, foi criado em Salvador no bairro do Maciel – Pelourinho por um grupo de moradores em 25 de abril de 1979, numa época em que este bairro era marginalizado e discriminado pela população baiana.

O Bloco Olodum surge para ocupar um espaço da expressão cultural contemporânea do continente africano que no Estado da Bahia tem sua maior representação e expressividade. No início, os foliões do Olodum eram apenas moradores do Pelourinho que tinham como objetivo celebrar a herança cultural africana, considerando que a maioria da população Soteropolitana é descendente de africanos.

A partir da década de oitenta o Olodum tornou-se uma Organização não Governamental (ONG) do movimento negro brasileiro e desenvolve ações de combate à discriminação racial, estimula a autoestima e o orgulho dos afro-brasileiros, defendendo a luta dos direitos humanos na Bahia-Brasil.

A ação cultural do Bloco Olodum contribuiu e tem contribuído decisivamente para a revitalização do Centro Histórico de Salvador não só como um lugar de visitação turística, mas também como um lugar em que a educação revitaliza esperanças, como é o caso do Projeto Educacional da Escola Olodum que capacita, jovens e adolescentes em diversas áreas do conhecimento tais como, música percussiva, dança afro, informática, formação da cidadania e outros.

O Bloco que já homenageou países da África e as mulheres com temas como Deusas das Águas – rios, lagos e mares (2018), As Duas Histórias – O Perfume das Rosas e Olodum 40 Anos (2019) e Mãe, Mulher, Maria, Olodum – Uma História das Mulheres (2020) em 2023 levará às ruas o tema “Tambores – A Batida do Coração- Caminho da Eternidade”.

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