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Mulheres em uso de substâncias psicoativas passam a contar com unidade de acolhimento

Fotos: Valter Pontes/Secom

De acordo com a Prefeitura, a possibilidade de uma nova vida longe das ruas, álcool e drogas será a realidade de 35 mulheres em Salvador, através da Unidade de Acolhimento Transitório instalado pela Prefeitura, no bairro de Ipitanga. O serviço, que funciona através de convênio com o Instituto Social Manassés, foi entregue nesta quinta-feira (23) com as presenças do prefeito ACM Neto e do vice, Bruno Reis.

Também estiveram presentes na ocasião a secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), Juliana Portela, o fundador do instituto, Marcos Manassés, e corpo técnico. A unidade, voltada exclusivamente para o público feminino que usa substâncias psicoativas vivendo nas ruas, tem investimento total de quase R$1,4 milhões para um período de dois anos.

“Este é um espaço muito especial para a cidade. Nessa unidade, as mulheres serão acolhidas, terão todo o acompanhamento psicossocial e médico, alimentação e, acima de tudo, a oportunidade de encontrar um caminho novo para as suas vidas, especialmente de inserção no mercado de trabalho”, declarou ACM Neto.

Estrutura – A estrutura física da Unidade de Acolhimento Transitório é composta por 13 quartos, uma sala de atendimento individual, três banheiros e uma cozinha. O corpo técnico é formado por um assistente social, uma psicóloga, dois técnicos de enfermagem e dois profissionais de educação física, além do apoio administrativo.

De acordo com a secretária da Sempre, as mulheres acolhidas são encaminhadas pela secretaria, seja através da abordagem de rua ou por meio dos Centros de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop). “No local, elas participam de atividades como palestras, rodas de conversa, festejos em datas comemorativas, dinâmicas, atividades físicas e atendimento individual psicossocial”, ressaltou Juliana Portela.

Resgate – De acordo com ACM Neto, a Prefeitura vem investindo muito para acolher as pessoas em situação de rua, com um olhar especial para os dependentes químicos, que precisam de uma nova chance para resgatar o próprio futuro. Através de chamamento público municipal, estão sendo aplicados R$8,3 milhões em dois anos para acolhimento de 210 adultos e jovens, em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas.

Pelo processo municipal, foram selecionadas a Comunidade Terapêutica Desafio Jovem, Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais Leste (Adra) e Associação Sentimento Novo, cada uma com 35 vagas; além do Instituto Social Manassés, com 105 distribuídas em três unidades.

Esperança – A iniciativa dá mais esperança a pessoas como Carol que, assim como as demais assistidas, traz uma história de bastante sofrimento. Cearense de nascimento, ela veio para a capital baiana há sete anos em busca de emprego. Sem o ensino fundamental completo, a rua acabou sendo a saída e, ao mesmo tempo, a porta de entrada para o envolvimento com as drogas. “Já fui até presa por isso”, contou, em lágrimas.

A força para mudar a realidade veio através do Movimento de População de Rua da Bahia, que a levou ao Centro Pop. “Nunca tive amor de mãe ou pai. Pensei várias vezes em desistir. Mas recebi uma força muito grande de toda a equipe da Sempre e estou aqui, vencendo. Só tenho a agradecer pela oportunidade”, finalizou.

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