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Mulher que acusa o baiano Daniel Alves de agressão sexual diz à juíza que não quer ser indenizada

Jogador baiano Daniel Alves é detido na Espanha; ele responde por suposto assédio sexual - Foto: Reprodução

O jogador Daniel Alves está detido no Centro Penitenciário Brians 1. Construído no início dos anos 1990, inaugurado em 1991, o complexo penitenciário – que fica em Sant Esteve Sesrovires, a mais de 40 km de Barcelona – é usado para prisões preventivas, como é o caso do jogador brasileiro de 39 anos.

Centro Penitenciário Brians 1, nos arredores de Barcelona, onde Daniel Alves está preso — Foto: Reprodução/Reuters

A mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual recusou receber indenização do jogador se ele for condenado. Durante o depoimento da denunciante, a juíza ressaltou que, em caso de condenação nesse tipo de crime, a vítima pode ser indenizada financeiramente. Mas a espanhola de 23 anos disse que não quer dinheiro.

A informação foi publicada inicialmente pelo “El País” e confirmada pelo ge. Durante o depoimento, ela destacou que faz parte de uma família bem resolvida financeiramente e deseja que seja feita justiça, sem ganho financeiro.

Durante o depoimento de Daniel Alves, que durou 45 minutos, o jogador apresentou três versões diferentes. Inicialmente, disse que estava no banheiro quando a mulher entrou e não houve qualquer contato entre eles. Depois, afirmou que, quando ela entrou no banheiro e houve contato, ele ficou parado, sem saber o que fazer. Por último, o lateral admitiu que houve sexo entre eles, dizendo que estava no vaso sanitário quando ela entrou e começou a fazer sexo oral.

Segundo apuração do ge, nas imagens das câmeras da boate Sutton do dia 30 de dezembro, é possível ver a mulher e Daniel entrando no banheiro em momentos separados. Ela fica 14 minutos no banheiro, enquanto ele permanece por 16 minutos.

Quando ela saiu do banheiro, procurou as duas amigas que estavam no local. Um dos seguranças da boate viu uma integrante do grupo chorando e perguntou o que havia acontecido. Ao ouvir o relato, a própria equipe da casa noturna acionou a polícia – Daniel Alves já havia deixado o local.

A denunciante saiu dali direto para o Hospital Clínic para fazer exames médicos. De acordo com jornais espanhóis, estes exames detectaram a presença de sêmen em seu vestido – o que teria embasado o decreto de prisão preventiva por parte da Justiça. No dia 2 de janeiro, ela decidiu prestar queixa contra o lateral na delegacia.

A atitude do segurança da boate faz parte de um protocolo do governo da Catalunha, segundo o qual quem trabalha em casas noturnas deve seguir determinados passos quando aparece um alerta de possível agressão sexual. O choro de uma mulher é considerado um alerta.

Os principais jornais espanhóis, entre eles “El País”, “El Mundo” e “El Periódico”, publicaram detalhes do depoimento da mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual.

Segundo os relatos, a vítima relatou à Justiça que ela e Daniel Alves dançaram juntos até que o jogador “levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada”. Por volta das 4h30 da madrugada, ele pediu a ela para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido a agressão.

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