Início CURIOSIDADES MULHER MORRE APÓS FICAR 9 ANOS COM ‘BEBÊ DE PEDRA’ NA BARRIGA

MULHER MORRE APÓS FICAR 9 ANOS COM ‘BEBÊ DE PEDRA’ NA BARRIGA

Salvador Notícia: Foto/Divulgação

Uma mulher de 50 anos morreu de desnutrição grave devido um feto alojado em seu abdômen, sem saber, por nove anos. O caso foi exposto na última edição da revista científica “BMC Women’s Health”.

A refugiada do Congo se consultou com médicos em Nova York (EUA) reclamando de cólicas estomacais, indigestão e um som estranho depois de comer.

Exames posteriores revelaram que ela tinha um feto calcificado, também conhecido como “bebê de pedra”, alojado dentro dos seus intestinos, o que a estava causando obstrução intestinal grave e subseqüente desnutrição.

O feto foi atribuído a um aborto espontâneo que ela havia sofrido nove anos antes, que teria sido o nono filho da mulher.

No entanto, em vez de procurar tratamento, a mulher culpou a feitiçaria por suas doenças, alegando ter recebido um “feitiço” de uma bruxa local antes de vir para os EUA. Ela morreu 14 meses depois de chegar ao país que a acolhera.

O fenômeno extremamente raro, conhecido como litopédio, foi registrado apenas 290 vezes na História, com o primeira datando da França, em 1582.

O litopédio corre quando um feto começa a se desenvolver no abdômen e não no útero, fazendo com que ele se calcifique e “vire pedra” quando a gravidez se torna inviável, comprimindo os principais órgãos e restringindo a absorção de nutrientes pela mãe.

Para esta mulher, o ‘bebê de pedra’ continuou comprimindo seu intestino, causando grandes bloqueios que significavam que o seu corpo não era mais capaz de absorver nutrientes vitais – levando à fome crônica.

“Infelizmente, ela faleceu devido a desnutrição grave no contexto de obstrução intestinal recorrente devido ao litopédio e medo contínuo de procurar atendimento médico”, afirmou Waseem Sous, médico da SUNY Upstate Medical University, em Syracuse (Nova York), que relatou o caso na publicação, acrescentando que a paciente “recusou a intervenção cirúrgica devido ao medo do procedimento e optou pelo monitoramento dos sintomas”.

Conflitos armados fizeram a paciente emigrar primeiramente ao Burundi; depois, para a Tanzânia, onde ela se estabeleceu e teve oito filhos, nascidos naturalmente. Três morreram logo após o parto.

Compartilhe agora: