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Médico é condenado a quase 18 anos de prisão pelo assassinato de colega no interior da Bahia

Foto: Aldo Matos / Acorda Cidade

O médico Geraldo Freitas Júnior foi condenado a 17 anos, 10 meses e 15 dias de prisão pelo assassinato do colega Andrade Lopes Santana, crime ocorrido em maio de 2021. A sentença foi proferida no Fórum Filinto Barros, em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, após um julgamento que durou 20 horas e terminou na madrugada desta sexta-feira (27).

Familiares e amigos de Andrade Lopes acompanharam o desfecho do julgamento, que teve início na manhã de quinta-feira (26). O julgamento havia sido inicialmente marcado para dezembro de 2023, mas foi adiado a pedido da defesa de Geraldo, que solicitou a mudança da comarca, alegando que o local onde o corpo de Andrade foi encontrado, em São Gonçalo dos Campos, poderia influenciar a decisão final.

Geraldo Freitas foi preso em 28 de maio de 2021, quatro dias após o desaparecimento de Andrade, ocorrido no dia 24 do mesmo mês. O corpo da vítima foi localizado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, com marcas de um tiro na nuca e amarrado a uma âncora, supostamente para impedir que emergisse.

Durante o depoimento, Geraldo confessou o crime à Polícia Civil. O médico chegou a registrar o desaparecimento de Andrade no mesmo dia em que o colega sumiu, mas as investigações apontaram que ele agiu sozinho. Segundo a polícia, o crime teria sido motivado por um desentendimento financeiro: Geraldo comprou uma caminhonete em nome de Andrade, pois seu nome estava negativado no Serasa, e não efetuou o pagamento.

A defesa de Geraldo sustentou que ele não tinha a intenção de matar Andrade, mas a polícia acredita que o crime foi premeditado. Segundo as investigações, Geraldo levou Andrade ao rio propositalmente, já equipado com uma arma e uma âncora, para cometer o homicídio.

Geraldo Freitas Júnior estudou medicina com Andrade Lopes na Bolívia e ambos se mudaram para o interior da Bahia para trabalhar. Após o desaparecimento do colega, Geraldo chegou a receber os familiares de Andrade, que viajaram do Acre para acompanhar as buscas.

Desde sua prisão, Geraldo estava no Conjunto Penal de Jequié, para onde foi transferido a pedido de sua defesa, alegando que seus familiares residem na região. No entanto, ele permanece à disposição da Vara do Júri de Feira de Santana, onde o caso foi julgado.

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