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Marginais armados assaltam e fazem reféns em loja na Joana Angélica, em Salvador

Foto: Rosy Silva

A semana começou com terror na Avenida Joana Angélica, centro de Salvador. Na manhã desta segunda-feira (7), por volta das 9h10,  três bandidos, dois deles armados, entraram na loja de calçados Di Santinni, renderam clientes e vendedores, prenderam pessoas em banheiros e no depósito do local e levaram todo dinheiro que estava no escritório da loja. A ação, que durou cerca de 40 minutos, teve negociação com a polícia, que chegou logo e encontrou os bandidos com reféns, e terminou com a fuga dos três suspeitos pelo andar de cima do prédio da Di Santinni.

Nilton Barreto, subgerente da Di Santinni, estava no local durante o crime. Segundo ele, a loja seguia o funcionamento normal até a chegada dos assaltantes. “Tava tudo certo até que, por volta das 9h10, eles chegaram na loja armados, mandaram todos ficarem no chão e anunciaram que era um assalto. Logo depois de render todo mundo, começaram a perguntar pelo dinheiro, que estava localizado no escritório, que fica no andar de cima da loja”, conta o subgerente.

Foto: Rosy Silva

De acordo com Santana, os suspeitos pareciam saber exatamente onde o escritório e o cofre do local estavam localizados. “Depois que todos foram rendidos, eles já queria ir logo lá pra cima pra conseguir acesso ao cofre no escritório, onde iriam pegar o dinheiro. Eles já entraram aqui nessa intenção, de ir até o escritório, que eles já sabiam onde era”, lembra.

Reféns
Além de render as pessoas na loja, os bandidos também fizeram reféns, que permaneceram no banheiro e no depósito do local. Um deles foi o outro subgerente da Di Santinni, Raianderson Santana, 34. “Eu estava no escritório quando eu ouvi os gritos. Depois disso, eu corri pra cá para ver o que estava acontecendo, aí vi todo mundo no chão com as mãos na cabeça e fiz a mesma coisa. Eles levaram algumas pessoas para trancar no banheiro e depois levaram outros para o depósito, eu fui um deles”, lembra. 

Dois funcionários, que não quiseram revelar a identidade, descreveram o momento de angústia quando estavam expostos a ação dos criminosos. “Você vem trabalhar, ganhar seu dinheiro honestamente e, de repente, tem um sujeito apontando a arma pra sua cabeça e ameaçando sua vida, foi uma coisa horrível”, diz.

Outra funcionária afirma que ação a deixou com medo e teme que isso volte a acontecer. “Aqui, normalmente, não fazem isso. A gente não tá acostumado com assalto desse tipo, com os bandidos armados e rendendo todo mundo. Isso me deixou assustada, não quero estar presente se isso acontecer de novo”, declara. 

Alguns dos funcionários feitos de reféns foram liberados pela loja por estarem muito abalados com a situação. Raianderson afirma que o momento mais tenso ocorreu com a chegada da polícia. “Na hora que iam nos liberar, perceberam que estava cheio de policial e queriam nos usar de escudo para não receber os tiros. Aí todo mundo ficou assustado pensando que ia morrer caso as coisas ficassem complicadas pra eles”, conta.

Os bandidos chegaram a negociar com a polícia e, apesar da declaração de que fariam os reféns de escudo no meio da ação, não feriram nenhuma das pessoas presas com eles no depósito pela ação não ter acabado em troca de tiros. 

Fuga
Temendo a ação dos policiais, os bandidos começaram a liberar os reféns para que a polícia os recebessem e ficassem distraída enquanto decidiam como fugiriam do local.

Raianderson conta que a liberação dos reféns aconteceu no mesmo momento em que os suspeitos subiram para procurar uma saída no andar de cima. “Quando eles viram que sair pela parte debaixo seria complicado, subiram para o andar de cima no mesmo instante que nos liberaram pra atrasar a ação dos policiais”, explica.

No andar de cima, os bandidos conseguiram quebrar uma grade que dava acesso ao telhado de outra loja, fugiram e não foram encontrados pelos agentes da polícia.

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