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Limão do Brasil exportado para Europa tem substância cancerígena

Limão brasileiro exportado para Europa tem substância cancerígena - Foto: Reprodução

De acordo com estudo apresentado pelo Greenpeace revelou que os limões produzidos no Brasil e exportado para países europeus são potencialmente cancerígenos. O relatório afirma que pesticidas foram encontradas em 51 das 52 amostras de limões.

O relatório ainda aponta que “seis entre os ativos encontrados não são aprovados para uso na União Europeia (UE)”. Um terço das amostras ainda continha glifosato, um herbicida potencialmente cancerígeno.

O estudo foi batizado, chamado de “A toxic cocktail: the EU-Mercosur Deal” (Um coquetel tóxico: o acordo UE-Mercosul, em tradução livre), testou as frutas adquiridas em supermercados de 8 países europeus entre os dias 3 e 10 de março deste ano. Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha e Suécia, são os países da Europa que participaram do estudo do Greenpeace.

“Em primeiro lugar, os gigantes químicos europeus já produzem e exportam para o Brasil substâncias altamente tóxicas, muitas que sequer são aprovadas para uso dentro da própria União Europeia, o que já suficientemente injusto e absurdo, embora a região acabe por reimportar algumas delas na forma de resíduos nos alimentos”, disse Marina Lacôrte, coordenadora de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil.

O relatório diz que os pesticidas são fabricados e vendidos por empresas europeias ao Brasil. Os principais exportadores das substâncias são a França e a Bélgica. Alemanha, Espanha e Itália completam a lista dos 5 maiores.

“Em segundo lugar, o acordo chancela uma relação comercial tóxica entre a União Europeia e os países do Mercosul, consolidando uma conduta neocolonial e extrativista com consequências assimétricas inaceitáveis. E por fim, o acordo ainda perpetua um modelo agrícola e econômico que está destruindo nosso planeta em um momento em que o mundo clama por uma mudança de rota. Ambos os governos, brasileiro e europeu, precisam enterrar o acordo UE-Mercosul de uma vez por todas” concluiu.

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