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Jovem agredido por torcedores do Bahia após jogo do Vitória sofre traumatismo craniano

Foto: Arquivo Pessoal

Diego Bispo, torcedor do Vitória de 27 anos, está internado em estado gravíssimo após ser violentamente agredido por pelo menos 27 torcedores do Bahia na madrugada desta terça-feira (21), no bairro de Sete de Abril, em Salvador. Durante o ataque, Diego teve parte de uma orelha arrancada e sofreu traumatismo craniano profundo. Ele aguarda transferência para um leito de UTI, ainda na Sala Vermelha, devido à gravidade dos ferimentos.

Segundo relatos do pai da vítima, Bira Bispo, Diego estava a caminho de casa após assistir ao jogo do Vitória contra o Cruzeiro no Estádio Manoel Barradas, o Barradão, quando foi surpreendido pelos agressores. “O estado dele é gravíssimo, teve um traumatismo craniano profundo e precisa de um leito na UTI”, desabafou Bira. Ele acrescentou que a família está revoltada, pois os agressores, que foram detidos pela polícia, foram liberados após prestarem depoimento e ainda ironizaram o caso nas redes sociais, publicando mensagens como “Venham buscar a carteira dele, o celular”.

O ataque ocorreu após torcedores do Vitória informarem à polícia que haviam sido agredidos e roubados por membros da torcida organizada Bamor. De acordo com a Polícia Militar, o grupo de 27 torcedores do Bahia foi encontrado próximo ao Condomínio Jardim Pampulha, na Mata Escura, após tentativa de fuga. Com eles, foram apreendidos uma barra de ferro, dois bastões de madeira, um estilete, um pedaço de concreto e 20 celulares. Todos responderão por lesão corporal, roubo, associação criminosa, rixa e promoção de tumulto.

Diego, que tem uma filha de seis meses e havia acabado de conseguir um emprego, foi socorrido por um motociclista e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro, com múltiplos ferimentos. Outros cinco torcedores do Vitória também foram agredidos, mas sofreram ferimentos menos graves.

A situação gerou indignação na família de Diego e entre torcedores. O pai do jovem criticou a Justiça, afirmando que, embora a polícia tenha agido rapidamente, o sistema judicial falhou em garantir que os agressores permanecessem detidos. “A polícia fez o papel dela, mas a Justiça foi falha mais uma vez. É difícil saber que o filho está em uma situação dessa”, afirmou Bira.

Até o momento, três das vítimas já foram ouvidas pela Polícia Civil. A Bamor, torcida organizada do Bahia, afirmou que os 27 detidos não fazem parte de seu grupo. O Esporte Clube Bahia preferiu não se pronunciar sobre o ocorrido, enquanto o Vitória lamentou a violência e destacou que o caso é uma questão de Segurança Pública.

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