Neste domingo (31) , é o Dia Mundial Sem Tabaco. E o malefício que traz o consumo do cigarro ganhou um reforço: a Covid-19. Isto porque a doença ataca principalmente os pulmões, órgãos que também ficam danificados em quem é fumante. Bianca Brito conta que há anos luta contra o vício.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, fumar se tornou ainda mais perigoso. As doenças causadas pelo tabagismo, como câncer, hipertensão, infarto, AVC e bronquite também foram identificadas como fator de risco para as complicações da Covid-19.
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Estudos mostram que os fumantes infectados pelo coronavírus enfrentam um risco entre duas e três vezes maior de ter o quadro complicado. É o que afirma a médica Tania Cavalcante, integrante do Inca, Instituto Nacional do Câncer.
Tania Cavalcante também é secretária-executiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro, um tratado internacional que o Brasil ratificou junto com 181 outros países, para implementar uma política nacional de controle do tabaco. Tania diz ainda que a fumaça dos produtos de tabaco é tóxica e enfraquece o sistema imunológico.
O mesmo se aplica aos cigarros eletrônicos e à narguilé, por exemplo. A médica destaca que, tão importante quanto parar de fumar, é evitar iniciar no tabagismo.
Hoje, no Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas são fumantes, o que representa cerca de 10% da população brasileira. Para a especialista, o país precisa avançar, aprovando as leis que tramitam no Congresso Nacional para favorecer principalmente a prevenção à iniciação no tabagismo entre crianças e adolescentes.
