Início Destaques Bahia volta a jogar mal, empata e é eliminado no Piauí

Bahia volta a jogar mal, empata e é eliminado no Piauí

Foto: Felipe Santana / ECB

Vexame! Na noite desta terça-feira (15), o Bahia empatou em 1 a 1 com o Fluminense-PI, e ficou sem chances de classificação na Copa do Nordeste. Fora de casa, o Tricolor saiu atrás do placar após lambança do goleiro Mateus Claus na saída de bola. Ainda deu tempo para Everaldo deixar tudo igual em cobrança de pênalti.

Após a partida, o técnico Renato Paiva avaliou o peso da eliminação precoce na Copa do Nordeste. O treinador lembrou a estreia no Nordestão contra o Sampaio Correa, em jogo que o goleiro Marcos Felipe falhou em gol do adversário, justamente como aconteceu na noite desta terça-feira com Mateus Claus.

  • [O que resta] é o Brasileirão, Copa do Brasil e Baiano que estamos a lutar por vaga na final. Fato, decepcionados pela eliminação, não esperávamos sair tão cedo, mas é de fato uma prova onde nos aconteceu tudo desde o primeiro jogo, com o Sampaio Corrêa. Desde jogar bem e num erro individual dar o gol, tal como hoje. Contra o Ferroviário, em casa, conseguir a remontada e, no fim, deixarmos empatar. Não nos correu bem, independentemente dos resultados contra Sport e Fortaleza, que foram melhores que nós.

Nós fizemos um jogo de volume ofensivo, criar oportunidades, mas num erro, somos penalizados no primeiro arremate do adversário. Depois, tivemos que ir atrás do prejuízo contra uma equipe que jogou para se defender. Não é o que nós queríamos, mas temos que olhar em frente, muito para a Série A, preparar esse elenco para a Série A. Um elenco que é novo. Lutar pela presença na final do Baiano e continuar na Copa do Brasil, não há outra coisa a fazer – completa.

Paiva também explicou a série de mudanças na equipe titular para esta noite. Segundo ele, a ideia foi evitar o risco de lesão dos atletas que mais atuaram em campo.

  • Gosto do termo poupar, mas prefiro dizer descansar. Desde o jogo do Jacuipense, da Copa do Brasil, até agora, jogou praticamente o mesmo onze, e deriva de três jogadores. André lesionado. Foi quase sempre a mesma zaga, só rodamos o nove e os laterais, e mantivemos o resto, a base. De fato, este acumulado de quatro jogos, hoje era o limite. Se pusesse a mesma equipe, correria riscos de lesão, de decisões erradas por cansaço mental dos jogadores. Apresentei um onze mais fresco mentalmente, foi uma questão meramente física. Acreditamos que este era o melhor onze para ganhar este jogo, mas não conseguimos.

Assim como em outros jogos, Renato Paiva reclamou do pouco tempo para treinar a equipe, que já fez 19 partidas na temporada.

É um elenco novo, exatamente isso, tempo para trabalhar. Temos 19 jogos feitos em dois meses. Dezenove jogos é uma volta inteira no Campeonato Português, que se faz em seis meses. Começamos bem nos primeiros jogos, mas fomos perdendo referência a partir do momento que fomos avançando, treinando menos, dinâmicas, ainda que nós tenhamos posto em práticas muitas das dinâmicas que nós não conseguimos impor no último jogo ou contra o Vitória, em casa. Hoje, curiosamente, conseguimos por, mas não fomos bem na finalização. Só com tempo de trabalho. Desde o jogo com o Jacuipense, jogamos com o Vitória em casa e não tivemos tempo para trabalhar. Três jogos e três treinos, um em cada jogo. Só treino e viagem. Humanamente impossível para quem tem um elenco com praticamente 15, 16 jogadores novos, equipe técnica nova e que não faz milagres, futebol não há milagres, há trabalho.

O Bahia volta a campo no sábado, quando recebe o Itabuna, em jogo de volta das semifinais do Campeonato Baiano. Pela Copa do Nordeste, o Tricolor joga novamente na próxima semana, no dia 22, contra o CRB.

Confira outros trechos da entrevista de Renato Paiva

Pouco tempo para treino

Se dissesse que pegou uma equipe feita, e que vamos conseguir impor nossas ideias, e até aproveitar ideias que já estavam, e chegando quatro ou cinco jogadores. Mas não dá para aproveitar ideias que já estavam porque ficaram quatro cinco jogadores da época passada. Parece desculpa, mas não dá para seguir com padrão. É viajar, jogar, viajar, treinar, voltar a viajar, voltar a jogar, voltar a viajar, voltar a treinar e voltar a jogar. Nos últimos três jogos foram assim. Padrão vem através do treino e dos comportamentos que se adquirem em campo. Muitas das coisas que nós temos posto aqui que não têm sido regulares foram de quando fizemos na pré-temporada. Depois, já chegaram mais seis, sete, oito, nove jogadores e tentando condicionar os jogadores à nossa ideia do jogo. Nós tínhamos a obrigação de ganhar. Mais uma vez, jogo estranho, e única oportunidade do adversário, sai o gol. Competição estranha. Agora, estamos vivos no Baiano e vamos mostrar isso.

Como ajustar time

É o que a gente tem feito, conversa. De todas as equipes da Série A, somo a equipe que mais jogos tem feito. Num mesmo espaço de tempo de trabalho, somos a equipe com mais jogos. Há duas, três com 16 jogos, 15, as outras têm mais tempo para trabalhar do que nós. Portando, como digo, tínhamos duas opções, ficar parado e acreditar no treino que fizemos, ou então trabalhar individualmente com os jogadores no hotel, mostrar vídeos, o que está bem, está mal, mostrar por setores. As poucas correções que fazemos é na base do vídeo, da imagem, da conversa individual e por setores. Desde a Jacuipense até hoje, foi o que conseguimos fazer. Portanto, para um treinador que tem jogadores que temos que respeitar o desgaste do jogo, aptidão para treinar e preparação para o jogo, não se consegue fazer mais do que isso. Não deixo de trabalhar, mas prefiro trabalhar no campo. Teoria, vídeo complemental, não é fundamental.

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