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Ataque em escolas de Aracruz deixa 3 mortos e 13 feridos

Ataque em escolas de Aracruz deixa 3 mortos e 13 feridos - Foto: reprodução vídeo

As vítimas do ataque a tiros que deixou pelo menos três mortos e 13 feridos em duas escolas em Coqueiral de Aracruz, no litoral Norte do Espírito Santo começaram a ser identificadas.

De acordo com a polícia, o assassino é um adolescente que estudou na escola. Ele foi apreendido durante a tarde, as armas utilizadas eram do seu pai, que é policial.

Os mortos identificados até a última atualização são duas professoras da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti e uma aluna da escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral.

Veja quem são as vítimas:
Maria Penha Pereira de Melo Banhos, 48 anos: era professora de alfabetização e morava no bairro São José, na região central do município de Aracruz. Ela seguia para o trabalho todos os dias de ônibus. A professora era casada há 18 anos e deixa três filhos menores de 16 anos. Formada em técnica de laboratório, Maria da Penha trabalhou durante muito tempo no hospital da cidade, mas segundo a irmã sempre sonhou em ser professora.

Selena Zagrillo, 12 anos: era estudante do 6º ano da escola particular atacada. Selena foi umas das três vítimas que morreram ainda no local do ataque. O pai de Selena chegou na escola momentos depois do ataque e tentou socorrer a menina e outros alunos, mas Selena não resistiu.

Cybelle Passos Bezerra, 45 anos: era professora e trabalhava na Escola Primo Bitti.

O ataque a duas escolas deixou três mortos e outros 13 feridos em Aracruz, nesta sexta-feira (25). O assassino foi apreendido pelas equipes de segurança no início da tarde, segundo o governador Renato Casagrande (PSB), que decretou luto oficial de três dias “em sinal de pesar pelas perdas irreparáveis”.

Os disparos aconteceram por volta das 9h30 na Escola Estadual Primo Bitti e em uma escola particular que fica na mesma via, em Praia de Coqueiral, a 22 km do centro do município. Aracruz, onde o ataque aconteceu, fica a 85 km ao norte da capital.

Ataque

A ação do adolescente teve início por volta das 9h30 e começou pela Escola Estadual Primo Bitti, onde ele arrombou o cadeado de um dos acessos e fez disparos na sala dos professores, causando duas mortes e deixando vários feridos. Em seguida, o atirador entrou em um carro e se dirigiu ao Centro Educacional Praia de Coqueiral, uma instituição privada. No local, efetuou novos disparos, tirando a vida de uma aluna e ferindo outras vítimas.

A Polícia Civil iniciou de imediato a investigação que possibilitou a apreensão do adolescente, filho de um policial militar, que confessou o crime. Já se sabe que ele usou duas armas de responsabilidade do pai: um revólver de calibre .38, de propriedade privada, e uma pistola calibre .40, pertencente à Polícia Militar. Ele também levava três carregadores. O governador Renato Casagrande confirmou que, no momento do crime, o adolescente usava uma braçadeira com um símbolo nazista.

Imagens das câmeras de segurança registraram a ação. O atirador vestia roupa camuflada e uma máscara de esqueleto, similar à usada em fotos nas redes sociais por um dos autores do massacre ocorrido em 2019 na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP).

Durante a apreensão, o adolescente não explicou à Polícia Civil por que fez os ataques. O delegado João Francisco Filho disse que ele estava tranquilo e não manifestou arrependimento. A apuração preliminar apontou que ele fazia tratamento psiquiátrico. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o adolescente não tinha um alvo definido e que ele pode ter agido sob estímulo de grupos extremistas, que se organizam de forma virtual dentro e fora do Brasil.

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