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Após dois anos sem comemorações, Festa de Iemanjá atrai multidão para o Rio Vermelho

Festa de Iemanja na praia do Rio Vermelho em Salvador /Ba Na foto: Foto Manu Dias/Bahiafotos

A tradicional festa de Iemanjá voltou a ocorrer nesta quinta-feira (2), no bairro do Rio Vermelho, após dois anos sem nenhuma celebração em decorrência as restrições impostas pela Covid-19. Desde a noite da última quarta-feira (01), uma multidão de devotos vem ocupando espaço na região para presta homenagens a rainha dor mar.

Neste ano, o evento completa 100 anos de realização com o tema ‘Odayá’, 100 anos de Festa e Reverência à Iemanjá’, toda programação foi organizada pela Prefeitura da capital, por meio da Empresa Salvador Turismo (Saltur).

Nos primeiros momento do evento, o presente chegou à colônia de pescadores, saindo do Terreiro Ilê Oxumarê, na Vasco da Gama. Este ano, a oferta remete à promoção da sustentabilidade e à preservação ao meio ambiente – uma grande coroa ecológica. O presente será levado ao mar às 16h, na embarcação ‘Rio Vermelho’, para o ‘Buraco de Iaiá’ – onde as oferendas serão depositadas.

Foto: Reprodução

O ator Thiago Dude chegou por volta das 22h do dia 1º e até a manha desta quinta, aproveita os festejos. “Frequento sempre a festa e estava sentido muita falta. Tomei chuva, sou resistência até porque Iemanjá demanda e a data é importante, poderosa. Poder viver isso agora no pós-pandemia com tranquilidade é uma felicidade ímpar. Tenho fé e sou fiel”, declarou.

História

A tradição da festa em homenagem a Iemanjá teve inicio no ano de 1923, quando um grupo de 25 pescadores resolveu oferecer presentes para mãe das águas. Nesta época os peixes estavam escassos no mar. Todos os anos esse ritual se repete, onde esses pescadores pedem a Iemanjá fartura de peixes e um mar tranquilo. Desde então, milhares de pessoas comparem ao Rio Vermelho para prestar homenagem.

O vendedor de flores Dercilio Santos é só gratidão por ver novamente pessoas na praia da Paciência reverenciado a Orixá. “O retorno está muito bom, as vendas estão boas e estou muito grato por poder estar aqui novamente. Tem muita gente, só agradecer”.

Patrimônio

O evento foi tombado como Patrimônio Imaterial no ano de 2019, sendo reconhecido como Patrimônio Cultural de Salvador em 2020. Com processo realizado através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), o registro protege a manifestação na medida em que garante o compromisso de apoio, divulgação e a produção de conhecimento acerca da festa.

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